quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Kairos




Tempo que se foi
Reservado das eras
Nunca mais quimeras
Efêmera existência enfado plano
Demasiado Humano:

Cronos!

Eterniza a vida
Sempre essência
Perene existência
Alegria ou adversidade
Divina benignidade:

Kairos!...


Um pouco de Schumann


As águas inundam; secam -
A amizade, a delicadeza, a ternura
O Amor, todavia, nasce e floresce
no nosso afagar, sorrir e gargalhar.

Floresce nos lírios de minha poesia,
Na cândida lua refletida no mar,
Um flébil delírio de azul melodia,
Infunde vaga aflição de amar.

Doces suspiros na alma perfumam
Os olhos, o brilho, os gestos...
A feminilidade, inquietude, a noite:
E um pouco de Schumann.


quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Ficara a brisa





Se estás comigo, és

Se não,

És também,

Ficara a brisa:

Indelével memória

Na paisagem da janela

De minh’ a alma...





terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Serei sempre um Leão




O  cão raivoso me alcançou
Meu sangue em sua boca maldita
Tornou vermelho o azul do dia
Pela traição perpetrada,
Mas,
Serei sempre um Leão
De idéias fulgurantes
E de rugidos a soar
Por toda a terra,
Feito bola de neve,
À liberdade,
Fraternidade,
Amor.




terça-feira, 10 de novembro de 2009

Pre-sença de Sophia



Que alegria!

Mundo mais delirante;

Mais interessante:

Pre-sença de Sophia...


O cheiro da relva


É,
Sabe...

Queria sentir
O cheiro da relva
Contigo – só.

Sentir o teu cheiro
Comigo – só.
Sem a relva.

Jardim Botânico em Louisville - KY - EUA - Junho 2009.

Σοφία























Divina sabedoria
Graciosa de’ Stela
Caprichosa filosofia
Teu desenho revela:

Um tesouro no prelo
És tão nobre quanto bela,
Cujas folhas ler anelo.

Virá ao mundo, seleta
Meu genro vai ter rebento;
Eu, Έλενα – neta.


Foto: Minha filha caçula, Maristela, em sua casa em Louisville - KY - EUA

Epitáfio


Jazo

Não eu

Jazes tu

Corpo nu

Eras meu

Adeus

Constará em meu túmulo, nalgum lugar um dia, este epitáfio, com meus versos últimos.

Alcatraz Deserto





















“Ele será, entre os homens, como um jumento selvagem; a sua mão será contra todos, e a mão de todos, contra ele; e habitará fronteiro a todos os seus irmãos”
Gênesis 16.12



Tu oculto
Salteador de meus sonhos
Fala!

Sou tua presa eterna,
Ou altivo jumento selvagem parido no Gênesis?
És, desde as entranhas,

Fala enfim!
Permite o alimento entrar
Em meu alcatraz deserto
Para me tentar mais forte: