segunda-feira, 12 de outubro de 2020

THEATRUM BRASILIS - RES PVBLICA

Personagens:

Marcus Aurelius Mendes (O positivista - magistrado - imperador)
RAPsodus (O Rei dos torpores)
Federal Court Iustitiae Domini (STF)
Foederati vigilum (PF)
Plebs (A população)

Cena 1 - Marcus Aurelius Mendes - Sou um positivista lógico e esse homem de bem, RAP-RAP, em nome da lei, do direito e de minha vaidade, deve ser solto já!...

Cena 2 - RAP-RAP sai da prisão, com o seu gingado do poder explícito e pensando: "essa cena na prisão demorou mais do que o necessário. Ora, não participarei mais desse teatro em detrimento de meus negócios globalizados! Retirar-me-ei, e, se alhures alguém obtemperar de inopino, sua vida já era, tá ligado?".

Cena 3 - FCID-STF - Marcus não podia ter soltado o meliante! Determina-se, pois, que o RAP-RAP retorne à prisão. A ação ainda não terminou, ora!

Cena 4 - Foederati vigilum - Vamos tentar cumprir a diligência - buscas em todos os lugares conhecidos. O tempo urge! Com calma... Muita calma...

Cena 5 - Plebs (povo) - Gargalhadas! Somos todos tontos! Queremos pão e circo com a sensação da beta-fenetilamina... E como diria um personagem de Brecht:
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"Mas eu lhes pergunto: como podem os pobres ter moral, se eles não têm nada? É isso mesmo, como não será roubo qualquer coisa que eles peguem? Meus senhores, a força moral precisa de força aquisitiva, e basta aumentar a força aquisitiva, para aparecer a força moral..." [Joana - Personagem de Bertolt Brecht em "A Santa Joana dos Matadouros, p. 74, tradução de Roberto Schwarz).
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É o Fim.