"Eu ouvia a chuva violando a terra..." -
(James Joyce, in Dublinenses)
Chuva, chovendo
Caindo, matando, descendo veloz
Torrencial, matinal
Desgraçadamente sobre eles!
Nós.
Todos.
Inundando, transbordando rios, ruas:
sangue, água, sem cessar.
Matando,
Rio, Paraná, São Paulo, Ceará
Nada de água, água para
Nada.
Enchente, ingente, indigente, gente
Fogem de lá para cá.
Morrendo de sede, de fome,
Sem amor,
dor,
Saudade,
Clamando,
Caindo sempre,
Molhando, invadindo,
Matando, não eles,
Latifundiários,
Os bons,
Somente os maus.
Descendo, chovendo
Crescendo, enchendo e enchendo.
Matando a fome:
Uns,
Outros,
Todos,
Inundando-me tambem o coração.
Compus esses versos, ora adaptados, por ocasião da enchente de 1977, cujos mortos foram tantos, que só nos lembramos por que tudo se repete furiosamente neste ano, sobretudo com a trágica morte de Rosemary Aparecida Romero de Moraes, esposa de meu amigo, Jairo de Moraes, levada pelas enxurradas na tarde escura de terça-feira, em Campinas, 26 de janeiro de 2010. Homenageio-a com saudades de sua alegria contagiante. Assista ao vídeo, clicando no título do poema, "queimadas na amazônia", do Greenpeace, cuja reportagem demonstra a causa do que passamos com as chuvas intensas, causadoras de problemas em nossas cidades.
Créditos:
Foto: http://noticias.terra.com.br/brasil/fotos/0,,OI115024-EI8139,00-vc+reporter+chuva+deixa+ruas+alagadas+em+Campinas.html http://www.youtube.com/watch?v=sIwiZxPISN4 http://www.youtube.com/watch?v=yJiYXbNrdz8 | ||
Um comentário:
Realmente Os Fenômenos da Natureza como:Tempestades-Secas,sobressaem nestas tragédias à falta de valores humanos em solidariedade ao próximo, aos mais necessitados que buscam e lutam por uma vida mais digna, como diria Guimarães Rosa: Se todo animal inspira ternura, o que houve então com os homens!
Lutemos por um ideal de Solidariedade!!!!
E MANUTENÇÃO PARA PAZ!!!!!!!
Postar um comentário